Entre o absurdo e a lucidez, entre o humor e o vazio, este livro revela o lado mais profundo e contraditório do ser humano. Um relatório para o fim do mundo reúne contos que observam o colapso da esperança — mas também o brilho discreto que ainda insiste em sobreviver.
Em narrativas curtas e cortantes, Marco Hruschka e Jackson Pagani mergulham na experiência do homem moderno, oprimido pela rotina, esmagado pela cidade e silenciado pela própria consciência. Cada conto é um espelho rachado da vida contemporânea — um convite a olhar para dentro e reconhecer o que resta quando tudo parece ruir.
Aqui, o fim do mundo não é uma explosão distante, mas a sensação íntima de quem se descobre estrangeiro de si mesmo. Personagens marginalizados, sufocados pelas convenções sociais, enfrentam o luto, a ausência, o tempo — e a impossibilidade de escapar de si.
Entre a crítica social e a reflexão filosófica, os autores constroem atmosferas densas e poéticas, em que cada palavra parece carregar o peso do silêncio. É uma literatura que questiona, inquieta e ecoa.
Um morador de rua ignorado por todos e que, de repente, mergulha na memória da própria infância e nos ensina a distinção; um curso de ignorantologia fundado numa ilha e o nascimento do PI (Partido dos Ignorantes); dois irmãos em conflito, há muito sem se falar, esperando à mesa pela ceia de Natal (Mário de Andrade manda lembranças); uma mulher desiludida e uma vendedora de rosas; um burocrata de escritório, amargurado com o peso da rotina, mas que não consegue abandoná-la nem mesmo diante da notícia de um iminente fim do mundo para o outro dia. Esses são alguns dos temas que vocês vão encontrar neste livro fascinante pela beleza simples e direta a partir da qual elabora, simbolicamente, o drama de uma existência cotidiana e banal, ordinária e sem relevo, na qual até mesmo os grandes acontecimentos acabam engolfados pelo tédio, pelo medo e pela rotina. Mas há também, nestes contos, muita esperança, muitas descobertas, uma bobeira de felicidade, uma poesia secreta da vida que, de repente, se nos revela e espanta. Leiam: está tudo aí!
Márcio Scheel
Indicado para leitores de contos filosóficos, literatura existencial, ficção psicológica e reflexões sobre o humano, o livro fala diretamente a quem se interessa por temas como solidão urbana, identidade, tempo e fragilidade emocional.
A escrita é ágil, mas sofisticada; acessível, mas profundamente simbólica. Ideal para quem valoriza a arte do conto como espaço de pensamento e emoção.
R$59,90

Sobre os autores
Marco Antonio Hruschka Teles é professor de Língua e Literaturas de Língua Francesa na Universidade Estadual de Maringá e também oferece cursos online. Possui Graduação, Mestrado e Doutorado em Letras (UEM). É autor e tradutor de diversos livros. Pela Madrepérola, é cotradutor de As revelações de Arsène Lupin (2022).
Jackson José Pagani é professor de Língua Portuguesa e Filoso a na Educação Básica, atuando na rede estadual e privada. Possui Graduação em Filoso a, Letras e Pedagogia. Especialização em Educação de Jovens e Adultos, Psicopedagogia Institucional e Educação Especial. Mestrado e Doutorado em Letras.
Um morador de rua ignorado por todos e que, de repente, mergulha na memória da própria infância e nos ensina a distinção; um curso de ignorantologia fundado numa ilha e o nascimento do PI (Partido dos Ignorantes); dois irmãos em con ito, há muito sem se falar, esperando à mesa pela ceia de Natal (Mário de Andrade manda lembranças); uma mulher desiludida e uma vendedora de rosas; um burocrata de escritório, amargurado com o peso da rotina, mas que não consegue abandoná- la nem mesmo diante da notícia de um iminente m do mundo para o outro dia. Esses são alguns dos temas que vocês vão encontrar neste livro fascinante pela beleza simples e direta a partir da qual elabora, simbolicamente, o drama de uma existência cotidiana e banal, ordinária e sem relevo, na qual até mesmo os grandes acontecimentos acabam engolfados pelo tédio, pelo medo e pela rotina. Mas há também, nestes contos, muita esperança, muitas descobertas, uma bobeira de felicidade, uma poesia secreta da vida que, de repente, se nos revela e espanta. Leiam: está tudo aí!
Márcio Scheel
Advertência: esse é um livro de beleza poética. Ao longo dos 14 contos, não saímos como entramos: o Luiz nos emociona com memórias afetivas dum esvoaçar de lençol, palavras maternas; a Madalena segura uma or “como se fosse um segredo”, livre dos pecados do mundo; o Jandir Kaigang triste, humilhado pela sociedade colonizadora, alheia à sua ancestral sabedoria; o Padre Diógenes e seu el cão Pingo a errar nas estradas do nada... Um livro sensível, mas também inteligente, de sátira a ada, como ao universo academicista, lugar onde tudo se explica, inclusive a macarena de calcinha; ou ainda a “Universidade Nacional dos Acéfalos”. Ler um relatório para o m do mundo é um desvendar de identidades, pois os autores/personagens aqui nasceram “tortos”, como Drummond. Um livro inquietante pelo ineditismo, pela riqueza irônica e pela poética que domina a prosa. Um livro etéreo, como o sopro da existência.
Marcele Aires Franceschini
Professora do Departamento de Teorias Linguísticas e Literárias da Universidade Estadual de Maringá
Formato: 14x21 cm
Brochura
PB e Colorido
144 páginas